Errante supremo do casulo ninfeu germinado em luz,
Invólucro úbiquo, túnica puritana do sorriso caloroso que seduz,
Claustro de níquel, clareira interdita no cume do horizonte que levita,
Esfera vulcânica, o nimbo giratório do ilustre clérigo jesuíta...
Sinto-te Deus:
Carícia afável na brisa foragida da masmorra lívida em ruína,
Incenso adocicado, ermo soturno exilado num cálice de morfina,
Catarse exorcista, fénix de cera que ressuscita na alcofa certa da morte…
Despeço-me Deus:
Algema de papel sem cadeado, "rudius" libertino do compromisso assinado,
Toga de amigo, sentença adiada, acólito absolvido do veredicto comprado,
Chaga de tudo, insónia de nada, mandatário semita do mundo acabado,
Ferrete de sangue, sabre empunhado, o guerreiro do inimigo malogrado…
"Só quem estiver disposto a morrer por algo será digno de viver"
Autor das imagens: Luís Lobo Henriques Em http://olhares.aeiou.pt/lloboh
Última Transmissão Humana © 2013. Todos Os Direitos Reservados.
4 comentários:
Sinto-me honrado de ver as minhas fotografias tão bem acompanhadas com este texto!!!
Parabéns.
Um abraço
fantástico!
Olá!
Terminei a leitura e estou empolgada para conhecer o futuro do nosso heroi. Estou a fazer um comentário no teu blogue, conforme pediste, mas irei fazer um no meu, mais extenso e detalhado, e talvez faça uma apologia do teu tabalho no Correio do Fantástico. Sim! Eu comecei a escrever para o Correio. Quanto à «Ultima Trsmissão humana», trata-se de uma experiência fantástica, a mistura de todos os elementos musica, imagem, texto e poesia cria uma efeito que, poderiamos, chamar cinematográfico. A história está muito bem engendrada, parabéns, consegues captar a atenção de quem lê, o texto tem muito ritmo, está bem escrito e o projecto tem tudo para dar certo. Espero que esta paragem que notei não significa esmorecimento... Parabéns. Mais detalhes em Império Terra (em breve)
Também já me actualizei nas leituras. Já tens um post no meu blog - http://vozdecelenia.blogs.sapo.pt/
Continua o excelente trabalho, que já cativou tantos de nós. Eu continuarei a vaguear por aqui!
Abraço!
Pedro Ventura
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